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Resumo de "SOFTWARE SOCIAL"

O software social proporciona a interacção em grupo, representando uma potencialidade educacional.
Segundo Boyd, (em Owen, et al., 2006), este software permite três tipos de suporte de interacção:

·         Interacção convencional - comunicação entre indivíduos e/ou grupos em tempo real, assincronamente, representando uma ferramenta bastante útil para um trabalho de equipa e colaborativo
·          Feedback social - o grupo pode avaliar o seu trabalho, bem como o de outros, construindo, assim, uma reputação digital dos participantes.
·         Redes sociais - podem criar e gerir interacções e encorajarem ao desenvolvimento de novas relações.

Na perspectiva de Owen e colegas (2006), os utilizadores de software social beneficiam em relação aos outros. Actuam de forma mais social e mais orientada para a comunidade. Estes autores defendem que “o todo social engrandece mais que a soma de todas as suas partes”.
Reforçam a ideia de que as aprendizagens significativas e a construção do conhecimento podem não estar a encontrar estímulo nos tradicionais ambientes de aprendizagem. Na sua maioria, o design de modelo que utilizam privilegia a aquisição/transmissão de conhecimentos de forma convencional, promovendo o isolamento e potenciando a competição entre os intervenientes, em detrimento da motivadora e eficaz “aprendizagem colaborativa”, que é proporcionada pelas comunidades de aprendizagem online.

Estes softwares reforçam “a importância da interacção interpessoal em grupos que estão dedicados à aprendizagem e ensino”. Estimulam a participação e a colaboração e orientam para a partilha com a comunidade. Este facto “dá sentido” e realce ao perspectivado por estes autores: “o software social também pode causar mudanças no funcionamento da sociedade”.
As aprendizagens motivadoras e significativas que o software proporciona, conduzem à crescente procura deste tipo de interacção, geradora de partilha e cooperação. Cada vez mais utilizadores procuram, na internet, outras pessoas/ utilizadores e outros sítios, para partilharem interesses e, em conjunto, adquirirem, transmitirem e construírem conhecimentos. Pode-se considerar software social qualquer meio que desenvolva a colaboração, a formação o apoio e o suporte de grupos, como exemplos, os autores referem os fóruns, os blogs, os wikis, as redes sociais - como o facebook, entre outros que, cada vez mais, tendem a fazer parte do processo de ensino/aprendizagem e da vida de todos nós, nesta era digital.
Contudo, as opiniões divergem. Vários autores questionam as consequências das experiências virtuais proporcionadas pelo software social. Dvorak (2006), põe em causa os resultados traduzidos na vida real e considera-as “uma completa perda de tempo”.
Por outro lado, devido ao aumento exponencial de utilizadores, há quem defenda que o valor de uma rede social será definido não só pelos que a utilizam, como também pelos que são dela excluídos. Neste sentido, Costa (2007) salienta que “as pessoas querem confraternizar com os poucos escolhidos e não ser inundados com emails de spam de amigos aleatórios.
Por último, é referida a continuidade da participação em alguns destes ambientes. Dalton (2007) afirma que metade do número de blogs criados em 2007 foram abandonados pelos seus utilizadores nos primeiros três meses. Segundo este autor, existem inúmeros blogs inactivos na internet, significando que a sua utilização é de curta duração.

Patrick, J. Fahy (2008) – “As características dos meios de aprendizagem interactiva online”, Athabasca University
Etiquetas: educação e internet, aprendizagem colaborativa, interacção